URUBU MALANDRO NA FAXINA.
Quando os animais
falavam, houve uma festa no céu; todos bichos foram convidados. O Cágado não voa.
Pensou um jeito de ir ao céu. Entrou na viola do amigo Urubu sem esse saber.
Quando chegaram os bichos que voavam ou pegaram carona, lá no céu estava o Cagado.
Foi uma farra boa, todos se divertiram à-vontade.
Na volta o
Cágado pediu ao Urubu que desse uma carona. O Urubu aceitou, mas quando estavam
com meio do caminho para terra. O cágado reclama do cheiro ruim do urubu. Esse,
sentindo-se ofendido por uma mal-agradecido; só deu de lado e o Cágado caiu,
quebrando todo casco. Por isso que o Cágado tem sinais de emendas no casco.
Em outro
caso, o Urubu estava triste pois não morria ninguém, estava tudo verdinho no
sertão. Aparece o Gavião e pergunta por que tanta tristeza. O Urubu responde: “
você ainda pergunta? Não vê que com tanta fartura bicho algum morre”. “Eu só
como carniça’. O Gavião diz: “você é besta, me acompanha que vou pegar uma
pomba”. Sai correndo atrás de uma pomba asa branca, mas se estrepa em um galho
de pau. Pede ao urubu para salvá-lo que já estava para pegar a pomba. O urubu
responde que esperava sempre morrer para comer. E que a culpa era dele, que morresse
logo.
Edgar Alan
Poe, também fala de um Corvo que entrou em seu quarto em pleno interno em que Edgar
estava triste. Que inicialmente aprecia agouro, mas o Corvo era profeta
vidente.
Uma coisa
sei que o Urubu do Nordeste e Norte é maior que o do Sudeste. Hoje vendo à
cidade de Belém Pará e seus urubus, lembrei-me de São Raimundo Nonato Piauí, à
cidade Urubulândia.
Não sou nem
Lobato, nem La Fontaine, muito menos Esopo, mas conto minhas coisinhas. Do meu
jeito, óbvio.
NHOZINHO XV.
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