ESCREVER É SOFRÊNCIA.




Como diz um senhor do Piaui: “sofro antes e depois de escrever”.
Apanho da vírgula, do acento grave, do verbo sujeito e predicado. Advérbio e adjetivo, confundo no sujeito com substantivo, me complico no paralelismo, enfim, para mim escrever é sofrência. Ora Coesão, ora é coerência na construção do texto. Pensei em decorar um dicionário, ler os bons escritores, tudo em vão. Estilo então, ainda não me achei. Quero aprender tocar, mas tenho preguiça de pegar o instrumento. A palavra disciplina não fazer parte de meu repertório.
É diferente ser uma boa pessoa, com saber escrever. Meu tio Carmo era ótima pessoa, todavia, não sabei ler nem escrever.

A VÍRGULA NÃO FOI FEITA PARA HUMILHAR NINGUÉM - JOSÉ CÂNDIDO DE CARVALHO
“à crase não foi feita para humilhar ninguém” Ferreira Gullar. O Lutador *
Carlos Drummond de Andrade **
Lutar com palavras
É a luta mais vã.
Entanto lutamos
Mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
Como o javali.
Graciliano Ramos comparava escrever com as lavadeira e Alagoas. Passavam sabão enxugavam muitas vezes até ficar limpa a roupa assim para ele era o texto.
Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar.
João Cabral Melo Neto
Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor. Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Olavo Bilac

NHOZINHO XV.

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