ANTONINHO HOMEM MODELO EM MORAL.
Seu
Antoninho Oliveira, do Saco Dom Inocêncio, Piauí.
Era um homem
que falava pouco e não ofendia ninguém; olha que ele era vizinho do povo de Salgado,
um povo diferente do jeito dele, mesmo assim se davam bem. Antoninho, deixou um
irmão de criação Saturnino, viver na terra de dele até o homem morrer.
Lembro-me,
de quando ele passava onde eu morava São Pedro, com baús de couro amarrados com
relho. Meu irmãozinho caçula achava que ele era tão pobre, que não tinha corda.
Foi preciso minha irmã Honorina falar, que era o contrário, rico amarava surrões
de couro com relho.
Certa vez em
São Paulo Isaías, irmão terceirizado de Antoninho, antigamente era moda homem rico
fazer filhos onde pudessem. Antoninho não conhecia Isaías e vice-versa. Isaías,
como bom Almistas, têm umas brincadeiras pesadas. Chegou e foi tomando bença seu
Antoninho, dizendo que era um dos filhos que largou pelo mundo. Seu Antoninho
ficou vermelho, ele era homem de uma só mulher, o contrário de seu pai
Alexandre. Mas respondeu que não tinha filhos fora do casamento. Foi uma risadaria
que fez eco por segundos, de quem presenciou o fato.
Quando
inauguraram a igreja de Salgado, Dom Inocêncio Piauí, Capela feita pelos homens
de lá, sem auxílio de ninguém; eles eram bons pedreiros, ocorreu uma coisa que
nunca esqueci.
Seu
Antoninho foi a São João do Piaui e comprou uma peça inteira de tecido cor amarela.
Para camisas dos filhos dele na época uns (5 ou 6.) Foi engraçado, àquele amarelão
nas malhadas de Salgado. Ainda hoje brinco com Zezão, meu amigo de minha idade,
de meu signo. Uma vez fui buscar Lauro a mando de tio Plinio Ribeiro para
campear em São Pedro. Lauro era bom vaqueiro como muitos dos Alexandres.
São coisas que
conto, principalmente, para João Dias, neto de Antoninho; João Dais é nosso
artista completo, pois faz muitas coisas.
NHOZINHO XV.
Comentários