PEÃO BOTOU CUNHADOS PARA TRABALHAR.
Jânio piauiense
de Sebastião Barros Piauí é de 952 km, sul do estado.
Por ficar
na divisa com Tocantins, seca em Sebastião Barros quase não tem. Jânio saiu de sua
terra e foi para o Paraná. Vivendo de peão de boiadeiro vaqueiro, pois,
boiadeiro é patrão. Um sujeito destemido e muito amado pelo patrão. Casou com uma
serrana filha de um vizinho médio fazendeiro. Mas foi um erro do piauiense.
Sogro e cunhados eram metidos a valentes e gostavam de roubar gado dos outros. Jânio,
não aprovava o viver dos cunhados e sogro, cada dia ia remoendo por dentro. Certo
dia o peão se armou como uma pistola, um revolver, rifle e um facão foi sozinho
na casa dos ladrões e metidos a valentes. Sua mulher não sabia do plano do marido,
contudo, ficou desconfiada para que tanta arma seu marido levou.
Jânio chegando
na casa dos valentões e ladrões rendeu todos, tomou suas armas e comprou tudo
em ferramentas agrícolas. Levou-os tocando como gado até a mata, ali fez eles
derrubar uma roça cercar e plantar. Foi uma revolução os homens deixaram de
roubar, e de pensarem que eram valentes. Estes ainda agradeceram ao cunhado Jânio
o piauiense, esse sim valente. Pensava Jânio... valente tem que ser para o lado
bom da vida trabalho.
Jânio e Janete
tiveram três filhos. Uma moça e dois rapazes. Os homens, puxaram à famila da
mãe, preguiçosos e pegavam no alheio. Jânio vivia só tirando os filhos da
prisão. A moça, uma jovem bonita, estudou engenheira agrônoma. Virou uma fazendeira,
conceituada em Londrina Paraná. Jânio morreu de favor da filha pois, perdeu
tudo que tinha com filhos drogados e ladrões. Morreu na fazenda que um dia foi
dele, agora era da filha.
Assim termina
a vida de Jânio o piauiense valente, mas para o trabalho.
NHOZINHO
XV.
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