DEUS SALVA QUEM NÃO DEVE.
Jacó casou
com uma fazendeira rica de familia tradicional, no Estado do Amazonas. Ela
chamava Relva viviam bem sem filhos. Passaram dois anos, o homem botou na
cabeça, que estava sendo traído pela bela Relva.
Mesmo sem
nunca pegar a mulher no frago, cada dia aumentava o ciúme de Jacó. O homem
bolou um meio de se sair da mulher, sem alguém saber, pensou um acidente. Pegou
um barquinho e levou a mulher dizendo que ia dar um passeio até Xingu. Ele
nadava bem, mas a mulher não sabia andar. Quando estavam uns 200 metros da
beira do rio ele pulou na água e deixou ela no barco que desceu rio abaixo. A
mulher pesou só Deus para me salvar, mas como sou inocente, acredito que alguém
me salvará.
Foi quando
ela enxergou outro barco era dois pesadores, que a salvaram. Ele contou sua história
aos pescadores que por sinal, um era solteiro. Casou com ele, mas na condição
de nunca mais procurar a familia que a tinha por morta. Ficaram morando em
Xingu lado direito do Rio Amazonas.
Passou
alguns anos Jacó viajava a Belém do Para descia o Rio Amazonas. Jacó ficou
doente de febre sezão. Teve de ficar na próxima parada onde tinha uma pousada. Sem
saber quem ali morava. O dono da pousada hotel recebeu o homem, como tinha
conhecimentos de medicina indígena, conseguiu tratar o homem. A mulher conheceu
que era Jacó, mas não contou nada a ninguém. Quando Jacó ficou bom foi pagar, o
homem ele mandou pagar a mulher. Relva olhou bem nos olhos dele e disse: “Jacó
me conhece? Sou relva que você me deixou na deriva no rio Amazonas, se não
fosse esse homem eu teria morrido”. Quanto mais desce o rio mais aumenta a
correnteza. Ela disse: “você não me apaga nada, que acerte conta com Deus. Fui inocente
e você não acreditou em mim, por isso fez essa maldade eu te perdoo; o resto
fica com Deus”.
O homem saiu
dali arrasado chegando a Belém tomou veneno e morreu, tanto foi seu remorso. Shakespeare
e Machado de Assis tinham como tema central em suas literaturas a traição e
vingança.
NHOZINHO XV.
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