BRIGA NO FORRÓ OLHO D`ÁGUA PIAUÍ.


Em 1968 estávamos em um forró, por sinal muito bom; na casa de tio Romão maroto, Olho d` água. Estava tudo bem, Zumiro o sanfoneiro e cunhado de João Mamede. Saiu uma briga entre João Mamede e Eduardo Patriarca. O nego era bom de facão. Isidoro irmão de João foi socorrê-lo, deu uma paulada em Eduardo que esse viu estrelas. Eduardo quando levantou deu umas furadas em João, mas de leve. Lembro-me, de ouvi João dizer só tenho um irmão Isidoro. Os outros eram cunhados de Zumiro e não queria se comprometer. Eduardo disse depois que só não matou João porque não quis. João falou que não o matou porque não pode.
João veio a São Paulo nos anos 1950/60 trabalhou na Sofunge e conseguiu comprar uns gados, como sempre foi econômico, ficou considerado um médio fazendeiro. É um baixinho cara fechada, mas boa gente, como todos os filhos de Mamede do Salgado. Dei risada de um amigo de Boa Vista do Felisk, falar que João trata três família de negros. Negros da Boa Vista, negros da Dilina e negros de Jatobazinho. João fala isso sem maldade. Hoje é que muitos têm essa frescura. Negro é negro. Crime é adjetivar. Pelo que sei negro é raça, portanto, não é crime chamar um negro pela raça.

Coisas que, NHOZINHO XV VIU.

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