LUIS DO PAULO GALÃ DA OITO BAIXOS PIAUÍ.
José Romão de
Assis Oliveira, era um grande fazendeiro de Carpina no século XIX. Que eu saiba,
tinha os Filhos Gervásio, Paulo Velho, Tomas Romão e uma mulher, casada com Cicero
filho de Alvino Soares. Paulo velho casou duas vezes, da primeira mulher nasceu
Luis conhecido por Luis do Paulo. O velho Paulo ficou pobre em seu tempo, ele já
era um boêmio só vivia tocando sanfona, coisa que passou para quase todos
filhos. Tocavam oito baixos os mais novos Aurino e Zé Laranjo.
Luis nasceu com
música nas veias. Desde de cinco anos já tocava tudo que seu pai tocava. Aos
dez para quinze anos já tocava festas pelo riacho Piaui, Baixão dos Mendes e São
Pedro, Dom Inocêncio Piaui. Uma vez Luis do Paulo tocava uma festa na casa de
Chico maroto Em São Pedro. Luis usava um boné coisa da moda na época. Tio
Carlindo e outros primos, ficavam encantados com aquele moleque, tocando sua
oito baixos e eles uns abobalhados. O ‘sanfoneirinho’ perdeu o boné e achou que
tinha sido os meninos, pergunta a Carlindo se ele não tinha roubado seu boné.
Carlindo com medo, falou que teria sido Cicero seu primo. Apertaram Cícero e
nada. Carlindo fiou em uma situação terrível, pois à festa era na casa do avô
de Cicero.
Luis, ficou
rapaz e bonito um galã, para época. Disputava com o pai de Egídio Raposa SRN-Piauí,
nas festas em Salgado, Moreira e Lagoa dos Currais. Tocava até me Curral Novo, Dom
Inocencio.
Depois foi para
Pirapora, Bahia Rio São Francisco, onde tocava nos vapores e em cabarés. Falam
uma coisa que, por se tratar de Luis Gonzaga, não acredito. Que Luis Gonzaga,
com inveja mandou matar Luis do Paulo. Que tocava mais que ele Luis Gonzaga. Luis
do Paulo, se tivesse passado para sanfona piano, teria virado, um Dominguinhos
ou Camarão. O homem era demais. Ainda hoje Wagner do Cirano Dias, lembra de um
forró, que Luis do Paulo tocava
Luis do Paulo,
foi assasinado nas casas noturnas da Bahia, Pirapora no Rio São Francisco. Mas
quem o conheceu afirma, que ninguém ganhava dele. Na oito baixos. O homem se
transformava.
NHOZINHO XV.
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