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Mostrando postagens de maio, 2018

SEM PALAVRAS SOFRE O TROPEIRINHO.

Em 1972, antes de eu ir tentar à vida no Paraná, teve uma eleição em Moreira, Dom Inocêncio, Piauí. Teve uma festança no salão do Pedro Ferreira. João e Adail tocaram. Gaspar Ferreira e Raimundo do Casé discursaram. Eu que sempre tive repertório e vocabulário, modesto, fiquei encantado com duas palavras, que Raimundo Casé falou.   O jornalista pediu obséquio aos adversários, os filhos de Romão da Volta. Maroto e “Pexito ou Pechito” sei lá.  Pensou NHOZINHO XV, que diabo é adversário e obsequio! Dicionário não tinha, leitura muito pior; fiquei na cegueira... Nessa mesma eleição o dito Maroto quase fez um Dr. de São Raimundo Nonato me prender. Eu iria votar com um título de outro rapaz do riacho Piaui, que segundo alguns, parecia comigo. Foi só eu responder no lugar do rapaz, Maroto falou:   “esse é Adão Rufina”. Meu amigo, a casa caiu, sair correndo sem pelo menos bater um ‘bandeco’ comer, tinha uma carne de boi e farofa tão boa, na casa de tio Cornélio. Corri até meu São Pedro L

CANETA DE OURO E PENA TINTEIRO.

Foi assim com dois vizinhos um rico, outro pobre, no tempo no Brasil ainda colônia de Portugal. O filho do rico ia para escola, a única que existia na fazenda de gado, montado em seu cavalinho. O filho do pobre ia a pé. O filho do rico, saia de casa tomava um café reforçado; o filho do pobre ia com fome. O filho do rico tinha uma pasta escolar vinda da Europa. O filho do pobre leva seus materialzinhas: folhas de papel almaço, um lápis e tinteiro de pena, em um saco de couro de Raposa que seu pai fez. O filho do rico tinha caneta dessas com tinta que veio de Portugal, banhada de ouro. Pois bem, passou o tempo os dois ficaram rapazes, o filho do rico parou. Era preguiçoso mental. Estudava porque o pai queria vê-lo Dr. Mas virou foi boêmio. Vivia à custa do pai rico que morreu de tanto desgosto e o filho tuberculoso. Já o filho do pobre conseguiu entrar em um seminário, único meio de estudar curso superior para pobre era na igreja catolica, dona do monopólio do saber, como era int

PODER DA SUGESTÃO EXISTE?

Os homens e mulheres, do passado pelo Brasil, podiam não saber ler e escrever, mas orações para defesa pessoal sabiam e outras coisa, digamos pesadas, fazer o mal a desafeto. Em algum lugar do Piaui ocorreu três fatos inexplicáveis, que vou tentar narrar com fidelidade do que ouvi. Um caso de desilusão de amor não correspondido, foi feito um trabalho. Assim: pegaram uma peça de roupa intima de um sujeito e colocaram em um cupinzeiro um cupim fechou o homem ficou entrevado assim viveu e morreu. Outro caso foi de uma moça bonita e rica, todo rapaz queriam casar com ela. A mesma terminou fugindo com outro rapaz, deixando um desiludido e revoltado que jurou que ela pagaria. Sei que a mulher pegou uma doença, que os melhores médicos do Brasil, não sabiam. Como curá-la. Ela também entrevou e assim morreu. Um senhor estava em uma festa na casa de um amigo o sanfoneiro, tirando da cota, veio com grosseria com o senhor dizendo:   “se não pagar não entra nem dança”. O senhor falou em oração
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No tempo do império o Brasil não havia carros só tropeiros e mascates, tudo era transportado em lombo de mulas burros e jumento no Nordeste. Os tropeiros do Sul, sudeste e centro Oeste eram mais ricos pagavam impostos. Eles foram influenciados pelos tropeiros latinos: Uruguai e Argentina, que também viviam revoltados com tanto imposto. Foram trocando ideias com os tropeiros nordestinos para fazer uma greve por tempo indeterminado. Os bacanas da época iriam ver sua força. Trocaram cartas e avisaram ao Imperador que iriam parar. Dom Pedro-II podia ser tudo menos burro. Resolveu atender as reivindicações dos tropeiros. Eles pediam menos impostos, andar armados e ter prioridade nas casas de amor, zonas de meretrício. Os nordestinos, só tropeiros comerciantes, que pagavam impostos gente como NHOZINHO XV, não pagavam éramos tropeiros pobres. Mas combinaram com os sulistas e sudestinos por solidariedade. Não precisaram parar e foram atendidos. Vendo o movimento dos caminheiros, lembre

CAPIAU NA CITY SOFRE.

  Isaías Professor veio da Bahia tentar à vida em São Paulo. Conseguiu lecionar em uma escola de classe média. Tinha uma vida boa para os padrões dos anos 1980. Casa mobilada carro e empregada. Ele era solteirão. Passou um tempo seu primo veio também a São Paulo indo morar com o primo. O rapaz era um sertanejo e quase não ia à cidade mais próxima, não conhecia nada da vida ‘moderna’ coitadinha. Isaías foi buscá-lo na antiga rodoviária Júlio Prestes, hoje Cravolândia. Jeremias nunca tinha andado de carro de passeio começou a novidade. O caipira ficava admirado com água encanada, TV geladeira e telefone. Mas era curioso, quando via televisão, pensava que o apresentador dava bom dia para ele, que respondia, achava que o homem dá TV o olhava como conhecido para ele. O primo mestre, mandou Jeremias uma escola de adultos, para ver se lapidava um pouco o sertanejo. De fato, aprendeu ou pouco. Gostava de palavras diferentes do linguajar sertanejo, mesmo sem saber o significado. Exemplo: si

TRAUMA DA SEPARAÇÃO FILHOS.

O Fernando Sabino escritor, só não conheço dele poesia, no romance e crônica ele era genial. Em uma de suas crônicas, ele discorre sobre o drama da separação, de ter de conviver com uma filha inocente. Separação é um trauma da modernidade. No tempo de minha avó e mãe, uma mulher quando casava teria de viver, com o parceiro até à morte. Hoje ainda bem, que isso mudou. Só que para os filhos é dureza. Tenho um tio no Piaui, que quando a mãe dele ficou viúva; ele não queria que ela casasse. Acho um absurdo sequestrar viúvas e mulheres, que não deram certo com um homem, essa mulher pode muito bem viver com outro. Uma vez separada, não pecado nem crime, arrumar outro parceiro. Fernando com sua elegância caraterística, na voz de um personagem, narra o drama do homem ter de explicar para filha porque não dera certo viver com a mãe dela. Pior que ele faz perguntas a criança, que eu também, talvez fizesse. Se a mãe, ex-mulher recebe alguém na casa dela... Hoje tenho pena de moças que namor

CÃO NADA COM MENINO NA BOCA PARANÁ.

Um casal de roceiros, viviam na margem de um rio afluente do rio Paraná. Uma de suas roças, ficava do outro lado do rio, tinham de atravessar o rio de barco. Certo dia saíram cedo homem e a mulher para terminar um serviço. Quando foi pela tarde caiu uma tromba d’água, a cabana do homem ficava na margem do rio. Lá ficou seu filho de um ano de vida. O casal quando viu o tamanho da chuva, sabiam que sua casinha seria tomada pela água e seu filho morreria. Mas como Deus, sempre socorre que os inocentes, eles deixaram o cachorro com o menino. Era um perdigueiro grande. O cachorro quando viu à água subir, para casa pegou o menino pela boca nadando para o outro lado do rio, salvou à criança. Quando eles viram àquela cena não acreditaram no que via. Cachorros, são ótimos nadadores e gostam muito de seu dono. Outro dia vi um morador de rua dormindo, como eu teria de passar perto, o cachorro dele avançou para me pegar. Parei, entendi ele defende seu território e seu dono. Essa história me

BRIGA NO FORRÓ OLHO D`ÁGUA PIAUÍ.

Em 1968 estávamos em um forró, por sinal muito bom; na casa de tio Romão maroto, Olho d` água. Estava tudo bem, Zumiro o sanfoneiro e cunhado de João Mamede. Saiu uma briga entre João Mamede e Eduardo Patriarca. O nego era bom de facão. Isidoro irmão de João foi socorrê-lo, deu uma paulada em Eduardo que esse viu estrelas. Eduardo quando levantou deu umas furadas em João, mas de leve. Lembro-me, de ouvi João dizer só tenho um irmão Isidoro. Os outros eram cunhados de Zumiro e não queria se comprometer. Eduardo disse depois que só não matou João porque não quis. João falou que não o matou porque não pode. João veio a São Paulo nos anos 1950/60 trabalhou na Sofunge e conseguiu comprar uns gados, como sempre foi econômico, ficou considerado um médio fazendeiro. É um baixinho cara fechada, mas boa gente, como todos os filhos de Mamede do Salgado. Dei risada de um amigo de Boa Vista do Felisk, falar que João trata três família de negros. Negros da Boa Vista, negros da Dilina e negros de

MARIA TOCA ROUCA, HEROÍNA DO PIAUI.

Hoje vemos gente com calça rasgada para moda. Maria Toca, Maria Rouca, uma negra velha de Boa Vista do Gabriel, comprava pouco pano e fazia seu vestido bem curto, acima do joelho. Não casou, mas teve quatro filhos de homens vizinhos, que não ajudaram a criá-los. Criou Silva, Raimundo, Abel e uma mulher Sansão, essa teve uma paralisia infantil ficando como falávamos aleijada. Pense em uma pessoa de coragem, ganhava de homem no serviço pesado. E enfrentava cabras ‘brigadores” em festa com tição de fogo. Muito servidora era amiga de minha mãe Rufina marota. Raimundo e Abel deram para pegar no alheio, coisa que ela não os ensinou.   Maria gostava de apelidar pessoas. Morreu nova, pois, não tinha cuidado médico algum. No seu tempo, não tinha moleza de governos, fosse pobre tinha de sofrer secas terríveis na base de raízes. Foi nossa vizinha no seu enterro muito gente chorou sem ser parente Maria Toca Rouca era querida dos vizinhos de Boa Vista, São Pedro e Baixão do Alvino. Norte Dom

RIO SÃO FRANCISCO É DE DOM INOCÊNCIO PIAUÍ.

Belo trabalho que Macelo Damasceno está fazendo pelo aniversário de 30 anos de Dom Inocêncio Piauí. Como sabemos, tudo veio do velho Curral Novo, dos vaqueiros, tropeiros, comerciantes, fazendeiros e lavradores, que é terra do bode e dos sanfoneiros muita gente sabe. Lembro-me quando da emancipação, eu falava para Berto Mendes de Baixão dos Mendes, um homem de confiança de Padre Lira, se seria uma boa coisa para Dom Inocêncio; Berto, em sua sabedoria me respondeu, que pior não ficaria. São Raimundo quase não cuidava do interior e pelos menos ficava mais perto do poder municipal. Achei que ele estava certo e calei-me. Quero dizer que mesmo distante tenho algumas considerações a fazer. Sobre os homens do interior que fizeram parte deste sucesso do município Dom Inocencio. Os Marianos de Ladeira são um povo inteligente. De Angical: tio Zé Lopes e Alfredo comerciantes e fazendeiros. De Rosilho Marcos Damasceno já falou e bem. De Salgado, Firmo, Estevão, Matias e Mamede, mais embaixo

COMO VIVERAM DIMAS E GESTAS, EM SP.

Dois irmãos retirantes nordestinos, a caminho do Sudeste, viajaram de Pau de Arara até São Paulo, foram morar na vila Anastácio, zona oeste da capital. Dimas e Gestas seus nomes. Só trouxeram a coragem de vencer na vida sabe se lá como. Dimas, trabalhava e frequentou uma escola para adultos, enquanto trabalhava dura na construção civil. Gestas era meio molão só vivia desempregado e não gostava de estudar. Fez mal o antigo primário, mas era esperto, gostava da lei do menor esforço. Dimas chegou a cursar uma faculdade formou em licenciatura matemática. Passou em concurso foi ser professor do Estado e do SENAI. Mas sua vida não passou, de uma casa na Vila Piaui e um fusquinha velho. Casou gerou família, educando bem os filhos que viraram empresários. Vamos falar de Gestas. Esse descobriu um jeito de subir na vida, de forma rápida, sem derramar suor. Passou a ser ladrão de banco, logo virou chefe de quadrinha. Terminou seus dias em uma prisão, como apenas com 35 anos foi preso. Ficou

ARPO NAMORADAS EM ANCHIETA.

Arpo saiu de sua “Triadrim” Alagoas, lugar de vida dura, foi para terra das valsas, no século passado. Seu sonho era amar em profundidade. E assim foi, muitas namoradas que vou descrevê-las. As primeiras: Ipiranga e Wanda por apensas dias. Segunda namorada foi Empa Barbosa, namorou por seis meses, comia muito ovos que ela dava, mas sentia uma mulher cama fria, embalando frangos. Deixou foi namorar Sônia Cobrasma. Não tinha horário para dormir, sentia uma mulher muito quente e perigo de acidente. Ficou com ela 1,6 meses. Foi namorar Maria Brito não deu certo, só ficou um mês. Namorou outra de nome Pera Congonhas, sofria barulho de aviões saiu logo dessa mulher. Voltou para mulher quente. Namorou Solange Sofunge, igualzinha Sônia Cobrasma, com essa ficou um   ano 1,5 meses. Foi namorar uma moça que usava farda, Entese, ficou pouco tempo corria risco de morte. Ela andava armada, largou e foi tentar à vida com Sambra Margarina, pouco tempo com essa nordestina. Foi a vez de Mappin Col

ERRO DA PROFESSORA.

Em uma escolinha do interior de Pernambuco, há muitos anos, aconteceu um fato triste. Uma professora cometeu um erro fatal. Sumiu um caderno de um aluno e esse falou, que teria sido Bastião filho do vaqueiro quem pegou o caderno. A professora querendo fazer justiça corretiva, prendeu o menino em um porão escuro. Logo que Bastião ficou ali chorando, sentiu a mordida de uma cobra gritava, mas a professora mandava ele aguentar. Logo menino calou, pois, tinha morrido. Quando foram ver Bastião, ele estava frio, uma cobra cascavel o mordeu. A professora ficou louca de remoço, mas não sabia do que tinha para frente. Foram avisar o pai do menino, que sabia que seu filho jamais faria coisa errada; mas foi armado com seu facão de furar boi valente. Chegando lá cravou o facão no peito da professora, que morreu sangrando e pedindo perdão pelo erro fatal, das duas mortes do menino e dela.  No outro dia saíram duas redes a professora na frente o menino atrás. Enterram os dois na mesma cova. Fal

AQUI JAZ UM BOIADEIRO VALENTE.

Dois irmãos boiadeiros, no grande estado mineiro, eram eles: Tião e Tadeu desde os 15 anos, como peões tinham, Chico Bento, Zé Garcia, Catarino e Zé Vicente; vindo de Mato Grosso passavam pelo estado de Goiás, destino a Minas Grais. Uma boiada de 1200 bois entre pantaneiro e nelores. Tudo corria bem até que a boiada estourou, querendo voltar para trás. Quem nunca viu u estouro de boiada não pode imaginar como é terrível. Bois chifrando outros e passando por cima de quem estiver no meio. Um dos boiadeiro o mais velho, saltou na frente dos bois gritando, mas foi tudo em vão, os bois mataram ele e calvo. Após muito trabalho, conseguiram dominar a boiada, foram ver o companheiro que já não respondeu mais, os chamados do irmão. Enterram ele ali mesmo de baixos dos pinheirais. Escreveram na cruz aqui jaz um boiadeiro que morreu na lida de gado, coisa que herdou do velho pai. Chegando em Minas Gerais venderam a boiada, mas o boiadeiro jurou nunca mais tocar boiada. Mas logo resolveu com

DESTINO EXISTE?

Muita gente acha que não existe destino, seja bom ou ruim, eu acho que existe. Se você tiver de morrer de tiro, pois morrerá. Algumas coisas construímos, outras não adianta negar; que acontece. Essa lenda retrata bem de como uma pessoa rica; ou pobre pode morrer. Deus na hora do nosso nascimento já determinou. Só não sabemos dia e hora e como morreremos. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. A LENDA DO BOI TUFÃO “Em um mil e novecentos no estado da Bahia, um ricaço fazendeiro por nome de Jeremias leu a sorte do seu filho com a cigana Maria! Ela disse meu amigo me corta o coração, mais se veio para saber vou lhe dar explicação, o seu filho vai morrer nos chifres do boi Tufão! Fazendeiro Jeremias mandou chamar o empregado! Vai buscar o boi Tufão deixe ele encurralado, amanhã rompendo o dia o boi vai ser degolado! O moço era obediente no cavalo foi montando, saiu pelo pasto afora com o coração sangrando, desceu o chapéu no rosto para ninguém lhe ver chorand

NEGO VELHO SALVA FILHA DO PATRÃO INGRATO, MT.

No sertão de Mato Grosso na fazenda liberdade vivia o fazendeiro, Antônio família, dois filhos e um menina caçula. Também tinha um preto velho, homem para toda obra do patrão, que muito o estimava.   Preto velho quando moço não tinha boi pantaneiro, que ele não pegasse pelo chifre e o derrubasse. Tanto era querido, que o patrão quando preto velho aposentou; falou que ele poderia viver na fazenda até à morte. Antônio morreu de repente, o preto velho chorou, parece que já sentia o que poderia acontecer. Foi só passar a visita de cova, missa de sétimo dia, o filho do patrão chamou preto velho e disse que ele teria de sair de sua fazenda, não prestava mais para nada, que fosse morrer em outro lugar. O vaqueiro velho chorou, pois, gostava muito daquele lugar, mas ordem tem de ser cumprida. Pegou seus bregueços e quando saia a filha do novo patrão brincava distraída, um boi turino investiu para pegar a menina, preto velho mesmo sem forças, saltou na frente do boi pegando-o pelo chifre.

ATENÓGENES TOCANDO EM MATÃO.

Antenógenes Honório da Silva  ( Uberaba ,  30 de outubro  de  1906  — ?,  9 de março  de  2001 ) foi um  acordeonista  e  compositor   brasileiro . Era filho de Olímpio Jacinto da Silva,  serralheiro , ferrador de cavalos e acordeonista, e de Maria Brasilina de São José. Pelo lado materno, descendia do então empobrecido  Barão de Ponte Alta [1] . Frequentou a escola por apenas dois anos, começando a trabalhar muito cedo. Já nessa época, tocava acordeão e compunha. Atenógenes Silva trabalhou de servente de pedreiro, tropeiro e comerciante. Fez cursos rápidos, tipo madureza, formou químico industrial. Mas su vocação era música. Aprendia teoria musical como quem aprende andar e falar. Tocava na prática, mas fez harmonia e solfejo, compunha muito bem em todos os estilos. Foi professor de Luis Gonzaga, Dilú Melo entre outros famosos. Tocava quase todo instrumentos especializando em sanfona piano-teclas e oito baixos. Chegou a ganhar concurso pela HONHER tocando Oito Baixos.   Robe

JOÃO MELQUIADES FILÓSOFO DO PIAUÍ.

João Melquiades Ribeiro de Sousa, filho de Melquiades Ribeiro de Inácio Pinto, Dom Ioncencio Piauí. João quando minha mãe me trouxe ao mundo, pediu-me para ser meu padrinho, o que minha mãe aceitou com todo prazer. Como eu já tinha Estevão Romão, João foi padrinho de crisma em Salgado, Dom Inocêncio Piauí. João me deu uma sorte de cabrita, mas com sou ‘curado’ não foi para frente. Lembro de um chapéu de couro, que ele me deu feito por ele. João tinha ‘leiturinha’ para o gasto. Sabia fazer muitas coisas de couro. Ele tinha um artifício de fazer fogo. Sempre comeu bem e tinha um animal de montaria. Filosofia de vida de João Melquiades: não discutir com mulher e menino. Enquanto muitos gostam de aparecer. João ferrava o gado com dois ferros, dele e da mulher. Outra falava o padrinho que se uma mulher fosse rica ele casaria com ela, pois, toda mulher no sexo, são iguais. Exemplo: feijão e arroz matam a fome com o caviar. Grande João Melquiades me amado padrinho de Inácio Pinto Piau

CATULO ESTRELA DO SERTÃO.

Pense, em um homem feio mas uma estrela rara;   Catula da Paixão Cearense que   é maranhese, era um um poeta seresteiro de prima grandeza. Ele com Chiquinha Gonzaga fizeram a aprtida do tropeiro uma canção linda. Essa Chiquinha não é a irmã ode Luis Gonzaga. Catulo da Paixão Cearense  (  São Luís ,  8 de outubro  de  1863  —  Rio de Janeiro ,  10 de maio  de  1946 ) foi um  poeta ,  músico  e  compositor   brasileiro . A data de nascimento foi por muito tempo considerada dia 31 de janeiro de 1866, pois a data original fora modificada para que Catulo pudesse ser nomeado ao serviço público. Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga (natural do Maranhão). Mudou-se para o Rio em  1880 , aos 17 anos, com a família. Trabalhou como relojoeiro. Conheceu vários  chorões  da época, como  Anacleto de Medeiros  e  Viriato Figueira da Silva , quando se iniciou na música. Integrado nos meios boêmios da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Qu

PEÃO BOTOU CUNHADOS PARA TRABALHAR.

Jânio piauiense de Sebastião Barros Piauí é de  952 km, sul do estado. Por ficar na divisa com Tocantins, seca em Sebastião Barros quase não tem. Jânio saiu de sua terra e foi para o Paraná. Vivendo de peão de boiadeiro vaqueiro, pois, boiadeiro é patrão. Um sujeito destemido e muito amado pelo patrão. Casou com uma serrana filha de um vizinho médio fazendeiro. Mas foi um erro do piauiense. Sogro e cunhados eram metidos a valentes e gostavam de roubar gado dos outros. Jânio, não aprovava o viver dos cunhados e sogro, cada dia ia remoendo por dentro. Certo dia o peão se armou como uma pistola, um revolver, rifle e um facão foi sozinho na casa dos ladrões e metidos a valentes. Sua mulher não sabia do plano do marido, contudo, ficou desconfiada para que tanta arma seu marido levou. Jânio chegando na casa dos valentões e ladrões rendeu todos, tomou suas armas e comprou tudo em ferramentas agrícolas. Levou-os tocando como gado até a mata, ali fez eles derrubar uma roça cercar e planta

ÂNGELO REALE TOCA C/ SÉTIMA.

Ângelo Russo Reale , mais conhecido como  Ângelo Reale  ( São Paulo ,  24 de fevereiro  de  1903  - São Paulo,  8 de janeiro  de  1994 ), foi um  compositor  e  acordeonista brasileiro . Ângelo Reale foi professor de muitos sanfoneiros Mario Zan, Mário Genari Filho, Clóvis Pontes e Cezar do acordeon. Raimundo do Mundico pegou aulas com ele em São Caetano do Sul na década 1970/80. Ângelo tinha um estilo próprio tocava os baixos sempre com sétima, coisa que ensinou a Raimundo do Mundico. Tenho uma dúvida de quem imitou o outro Pedro Raimundo com Escadaria PE Ângelo Reale como bicho carpinteiro. As duas músicas são semelhantes. Mas é só conjectura minha. Das muitas músicas de Ângelo Reale as que mais gosto são bicho carpinteiro é pé no breque. Morreu com 91 anos. NHOZINHO XV.

PEÃO PALHAÇO AMOR CIRCENSE.

No passado não muito distante, circos e baileis no interior, eram uma coisa divertida. O peão de boiadeiro Sales não perdia, uma farra e circos pelas redondezas. Chego na vila um circo muito animado tinha trapezistas, bichos e bailarinas. Sales conheceu uma paraguaia que fazia parte do circo, ela era tesoureira do circo. Logo que a viu, ficou apaixonado, mas sem declarar seu amor a bela paraguaia. Ela sorria para todo mundo, uma forma de agradar o freguês, Sales pensava que àquilo era amor. Passu uma semana sem ele ir ao circo muito serviço na fazenda, quando resolveu e ver e declarar seu amor a Riquelme, o circo tinha ido embora. Sales ficou desapontado, só tinha um jeito acompanhar o circo que estava em outro lugar. Chegando lá a encontrou com o mesmo sorriso, mas beijando outro rapaz, era seu noivo um palhaço do circo. Sales não se conformou, ele ser trocado por um palhaço. O que fazer pensou em matar o circense pela noite sem ninguém saber. Mas como era temente a Deus, um h

DEUS SALVA QUEM NÃO DEVE.

Jacó casou com uma fazendeira rica de familia tradicional, no Estado do Amazonas. Ela chamava Relva viviam bem sem filhos. Passaram dois anos, o homem botou na cabeça, que estava sendo traído pela bela Relva. Mesmo sem nunca pegar a mulher no frago, cada dia aumentava o ciúme de Jacó. O homem bolou um meio de se sair da mulher, sem alguém saber, pensou um acidente. Pegou um barquinho e levou a mulher dizendo que ia dar um passeio até Xingu. Ele nadava bem, mas a mulher não sabia andar. Quando estavam uns 200 metros da beira do rio ele pulou na água e deixou ela no barco que desceu rio abaixo. A mulher pesou só Deus para me salvar, mas como sou inocente, acredito que alguém me salvará. Foi quando ela enxergou outro barco era dois pesadores, que a salvaram. Ele contou sua história aos pescadores que por sinal, um era solteiro. Casou com ele, mas na condição de nunca mais procurar a familia que a tinha por morta. Ficaram morando em Xingu lado direito do Rio Amazonas. Passou alguns

VEROS / EDIMAR E JOÃO DIAS-PI.

Do preguiçoso, sem medo Princesa, reinos encantos, Da cidade ao sertão, Vida os seus sentimentos Sobrevive cantador, Nos versos seus lamentos. Maior Beroni Conrado: No Loureiro da saudade, Mulher do corpo angelical, Mas flor da infelicidade, Beijo com gosto de fel Fugiu com outro pra cidade. Pedro Costa e Raimundo. Pedro Monteiro, Edimar Zé Viola e Clementino, Cantaram na beira mar, Com Pacheco e Aderaldo, Na casa seu Ribamar. NHOZINHO XV.

ESCREVER É SOFRÊNCIA.

Como diz um senhor do Piaui: “sofro antes e depois de escrever”. Apanho da vírgula, do acento grave, do verbo sujeito e predicado. Advérbio e adjetivo, confundo no sujeito com substantivo, me complico no paralelismo, enfim, para mim escrever é sofrência. Ora Coesão, ora é coerência na construção do texto. Pensei em decorar um dicionário, ler os bons escritores, tudo em vão. Estilo então, ainda não me achei. Quero aprender tocar, mas tenho preguiça de pegar o instrumento. A palavra disciplina não fazer parte de meu repertório. É diferente ser uma boa pessoa, com saber escrever. Meu tio Carmo era ótima pessoa, todavia, não sabei ler nem escrever. A VÍRGULA NÃO FOI FEITA PARA HUMILHAR NINGUÉM - JOSÉ CÂNDIDO DE CARVALHO “à crase  não  foi feita para  humilhar ninguém ” Ferreira Gullar. O Lutador * Carlos Drummond de Andrade ** Lutar com palavras É a luta mais vã. Entanto lutamos Mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes Como o javali. Gra

PIAUIENSE, VINGA, MAS NÃO É COVARDE.

No tempo que Oeiras Piaui, ainda era a capital do Estado, ocorreu um caso esquisito. Um sujeito que teve um parente, irmão morto por senhor metido a rico. O irmão caçula saiu pelo mundo, mas com uma intenção. Foi a São Paulo, trabalhou um ano na construção civil, até comprar até um revólver Smith cavalinho; uma boa arma, calibre 38 niquelado. Resolveu voltar ao seu Piaui, porém, não queria ser reconhecido. Como não tinha condição de fazer uma plástica, ele queimou o rosto com cera quente, quase morreu; mas ficou horrível, irreconhecível.  Aproveitou um dia de festa de São Gonçalo, onde todos estavam animados na casa do assassino, de seu parente sem ninguém saber quem era àquele homem com a cara deformada. Comeu, bebeu, dançou. Mas com o seu objetivo era outro, resolveu pôr seu plano em ação. Pegou o Smith 38 chegou perto do homem, que matara seu parente e falou: “fulano você matou meu irmão”. “Pois morra”! Deu seis tiros no sujeito e foi se entregar à polícia. Ficou um ano preso.

LUIS DO PAULO GALÃ DA OITO BAIXOS PIAUÍ.

José Romão de Assis Oliveira, era um grande fazendeiro de Carpina no século XIX. Que eu saiba, tinha os Filhos Gervásio, Paulo Velho, Tomas Romão e uma mulher, casada com Cicero filho de Alvino Soares. Paulo velho casou duas vezes, da primeira mulher nasceu Luis conhecido por Luis do Paulo. O velho Paulo ficou pobre em seu tempo, ele já era um boêmio só vivia tocando sanfona, coisa que passou para quase todos filhos. Tocavam oito baixos os mais novos Aurino e Zé Laranjo. Luis nasceu com música nas veias. Desde de cinco anos já tocava tudo que seu pai tocava. Aos dez para quinze anos já tocava festas pelo riacho Piaui, Baixão dos Mendes e São Pedro, Dom Inocêncio Piaui. Uma vez Luis do Paulo tocava uma festa na casa de Chico maroto Em São Pedro. Luis usava um boné coisa da moda na época. Tio Carlindo e outros primos, ficavam encantados com aquele moleque, tocando sua oito baixos e eles uns abobalhados. O ‘sanfoneirinho’ perdeu o boné e achou que tinha sido os meninos, pergunta a Car

SONETO DA METALINGUAGEM.

Assim como para pedreiro colher: Prosista, palavra caneta papel, Advogado tem de ter seu anel, No automóvel tem o seu chofer. No texto usamos uma gramática, Literatura com imaginação, Solto as coisas do meu coração; Na economia tenho matemática. Livro produzido na editora, A matéria prima é na madeira, Aprendi a ler com a professora. Com sacrifício foi no madureza, Porque para saber eu tinha sede, Pelo letramento me deu grandeza. NHOZINHO XV.

ARPO E ROSA FLOR AMOR ETERNO.

Na cidade de Muganpo, Estado Pibras, Brasmu. Vivia um poeta gente modesta em coisas matérias, mas sábio na arte poética. Era um homem desprovido de beleza física. Careca, baixinho e tímido. Não pensava em casar, não queria ter responsabilidade com família, seu mundo era a poesia. Porém, muitas moças da alta sociedade, queriam namorar o poeta, como todos na cidade Muganpo o chamavam, lá vem o poeta. Onde ele era rei. Arpo seu nome. O poeta resolve casar com uma moça de nome Rosa Flor, a mais bela da cidadezinha, de três mil habitantes. Esta cidade ficava no pé da serra da poesia. Arpo ficou feliz com sua Flor Rosa, mas por pouco tempo, Rosa Flor morreu de um parto. O poeta quase morreu também, pois amava muito Sua Flor. Só não se suicidou por causa da poesia. Fazia versos dedicados a ela. Imaginava a vendo no céu toda vestida de branco cheia de flores, e danças ao som de violinos dos anjos. Foi levando essa vida de sonhos misturados com poesia, ainda viveu muitos anos. Nunca mai

VIOLEIRO VAGABUNDO DE SORTE.

Jonas um rapaz boa pinta e nascido em Codó Estado do Maranhão. Nunca gostou de trabalhar seu negócio era tocar violão e cantar. Seguiu destino a São Paulo, morando na zona norte Jaçanã. Todas noites saia para tocar em cabarés, mas ganhava pouco, só dava para o cigarro. Morando em uma pensão, tinha uma vizinha filha de espanhóis. A moça ouvia Joanas dedilhar umas valsas românticas, era moda nos anos 1950/60; foi se apaixonado pelo seresteiro. Certo dia fugiu com ele para Codó Maranhão. Mas não deu certo o homem só tocava violão. Por sinal, tocava e cantava bem, só que dinheiro que era bom nada.   A moça resolveu voltar a São Paulo, na casa dos pais; pelo menos comia, foi recebida como o filho prodigo. Ele logo voltou a São Paulo, foi morar em São Miguel Paulista. Lá namorou uma moça que os pais, também não queriam, sanfoneiro e violeiro antigamente era considerado vagabundo. Mesmo Luis Gonzaga, sofreu isso na pele. Hoje não mais. Pais Argentinos esses odiavam Jonas, não queriam o na

SURDO CONFUSO PIAUÍ.

Em meu Piaui, vivia um senhor de família que já foi considerada rica, tinham terras e gado no riacho Piaui. Muitos deles não estudaram e eram meios abestalhados. Esse que falirei era meio bobo e surdo. Imagino o mundo de um surdo. Sé tem uma vantagem: não escuta mentiras nem fofocas. Há gente que escuta bem e ainda entende as coisas, de forma diferente da realidade. Pense no pobre surdo. Esse senhor, que não revelarei o nome por questões obvias, estava na roça.   Já com fome pegou umas raízes de mandioca, macaxeira cozinhou, estava comendo. Um compadre passa na beira da roça e grita de longe: “bom dia compadre”! O homem nada escuta na segunda vez como via o compadre, responde atrasado, na segunda pergunta o compadre pergunta com vai a comadre. O surdo responde que estava um pouco aguada, mas como tinha fome comia assim mesmo, pensando que o outro falava da mandioca. Coisas de surdos. Não gosto de palavrão, acho baixar o pouco nível que tenho, no entanto, às vezes sou preciso contar

TODOS SOMOS POETAS.

Palavra é matéria luz alimento, Recurso, um meio que reproduz, Bem empregada, chegará Jesus, Sabendo usar como pensamento. Com verbo, sujeito, substantivo, Antes nada existia, só as trevas, Com Maria Nossa Senhora e suas servas, Significado no imperativo. A natureza é cheia de poesia, Eu e você podemos ser poetas, Palavras simples sem hipocresia. Que façamos história somos profetas, No livro divino queremos está, Seja pelo pensamento ou cometas. NHOZINHO XV.

MÁRIO E FLORINDA OPOSTOS MAS SE AMAM.

Florinda Ferro nasceu em 10/10/ 1950, estado do Ceará. Filha de comerciante e tropeiro. Se mudou para o RJ, estudou na UFRJ, fez pedagogia, se aposentou como professora escola pública. Hoje é voluntaria em um hospital público no RJ. Mário Machado nasceu em 12/12/1951 no estado da Bahia. Seu pai era um pequeno fazendeiro que faliu. Mário mudou-se para Brasília, onde estudou em escola pública e formou na UNB, em engenharia elétrica. Ainda trabalha. Os dois se conheciam do Nordeste, mas tomaram caminhos diferentes. Certo dia Mario, encontrou Florinda, em uma festa de nordestinos na feira de São Cristóvão RJ. Tiveram um papão, sobre como estavam e política. Duas pessoas, que imagino, bem informadas, porém, com opiniões diferentes. —Mário: Florinda! Que bom encená-la? Como você ainda e bonita... — Florinda: o prazer é reciproco Mário, o mesmo digo de você, sobre não envelhecer e continuar um belo homem. — Florinda você ainda é casado Mário? Pergunta. — Mário: sou viúvo. — Fl

VINGANÇA ,NÃO É DE DEUS, MAS É BOA.

Recomendam, nas aulas de redação, não generalizar tipo: todo mundo etc. Isso posto, acho que muita gente conhece, a lenda da morte de Chico Mineiro, foi musicada por grandes astros sertanejos. Dizem que realmente à morte aconteceu, talvez, os compositores inventaram alguma coisa. Licença poética como dizem. O mais curioso foi a vingança da morte de chico Mineiro. Um irmão de Chico Mineiro, vivia remoendo, nem na viola pegava mais. Dize quem vingança não é coisa de Deus. Mas o rapaz dirigiu-se à cidade Ouro Fino em MG, para encontrar o assasino de seu irmão. Quando encontrou o sujeito mal-encarado foi logo desafiando:   “você quem matou meu irmão”! O cara tentou pegar o  Schmidt revolver , o paulista foi mais ligeiro e gravou-lhe o punhal no peito do bandido, esse caiu sangrando. Levo mais umas punhaladas e morreu. Como a vinhaça realizada, o paulista foi ao delgado da cidade e se entregou. Dizendo seu Dr. “fiz por amor a meu irmão que foi morto por este bandido sanguinário. Pode

AMOR AO OFICIO É SAGRADO.

Tenho um remorso profundo de não ter socorrido dois animas nossos no Piaui. Um canteirinho de minha mãe e uma jumenta de uma irmã. O carneiro levou uma forte chuva e se enrolou todo, ainda gemeu para mim, mas eu corria para ver a água do riacho, nem liguei. Como me custa caro isso hoje. A jumenta de minha irmã estava “namorando” uns jumentos e caiu em uma ribanceira com as pernas para cima. Eu poderia ter buscado homens e juntos conseguíamos salvá-la. A pobre jumenta morreu no sol. Quando vejo a Dra. K, canal do (Nat Geo. Wild) curando animais,   fico encantado. Ela chega a fazer boca a boca em animais. E chora quando não consegue salvar um bicho. Isso é que é ter vocação para o que faz. Hoje vejo muitos, que só pensam no holerite fim do mês. O povo que se lasquem. O rapaz que moreu no incêndio SP tentou salvar seus parceiros. Morreu como herói se é que ainda existe. Eu sei que sou um covarde. Penso primeiro em mim, segundo em mim, terceiro em mim. Só que tento não atrapalhar o

ANTONINHO HOMEM MODELO EM MORAL.

Seu Antoninho Oliveira, do Saco Dom Inocêncio, Piauí. Era um homem que falava pouco e não ofendia ninguém; olha que ele era vizinho do povo de Salgado, um povo diferente do jeito dele, mesmo assim se davam bem. Antoninho, deixou um irmão de criação Saturnino, viver na terra de dele até o homem morrer. Lembro-me, de quando ele passava onde eu morava São Pedro, com baús de couro amarrados com relho. Meu irmãozinho caçula achava que ele era tão pobre, que não tinha corda. Foi preciso minha irmã Honorina falar, que era o contrário, rico amarava surrões de couro com relho. Certa vez em São Paulo Isaías, irmão terceirizado de Antoninho, antigamente era moda homem rico fazer filhos onde pudessem. Antoninho não conhecia Isaías e vice-versa. Isaías, como bom Almistas, têm umas brincadeiras pesadas. Chegou e foi tomando bença seu Antoninho, dizendo que era um dos filhos que largou pelo mundo. Seu Antoninho ficou vermelho, ele era homem de uma só mulher, o contrário de seu pai Alexandre.

TROPEIRO DESTEMIDO.

No Estado do Espirito Santo, foi como no Nordeste. Um lugar onde teve os últimos tropeiros. Por causa dos acidentes, lugar de muitas serras. Um tropeiro fazia pequenas viagens nos anos 1960/70. Saia de Colatina a Rio Doce. 95 km. Sua tropa era pequena 15 burros. Vivia muito bem com sua amada, uma capixaba bonita e carinhosa. Certo dia ele chega de viagem cheio de amor para dar, ver a mulher chorando. Preocupado pergunta o que aconteceu. Ela fala que vinha vinda da roça e o filho de um fazendeiro rico, vinha em uma Opala, coisa da moda para ricos, este deu uma cantada nela. Com a mulher deu uma bronca no rapaz atrevido, ele a pegou pelo braço forçando a entrar no Opala. Ela lutou com todas as forças se livrando do garanhão. Por isso, estava a chorar. O tropeiro só pegou o Pingo Rosilho e saiu na carreira, encontrou o boêmio em uma praça da cidade. Foi chegando e chicoteando o rapaz até esse ficar mole. Saiu e foi dar parte ao delegado. Falou ele ao Dr. “Seu delegado como senhor sa

SABER PERGUNTAR.

Muitas personalidades, incluindo escritores, detestavam jornalistas, repórteres. Por que estes na maioria, não sabem fazer perguntas. Audálio Dantas, um jornalista nordestino, radicado em São Paulo falou com modéstia; que passou vergonha ao entrevistar Paulo Freire. Sentiu-se um perfeito ignorante. Por isso, que até o criminoso Jornalista Pimenta Neves, falou ao Juiz que esse, não sabia fazer perguntas. Eu admiro os escritores com formação jornalística. Eles são organizados. Mas existem alguns formados nas Uni....   dá vida que são pedras, fazem perguntas tipo: o mar é salgado? O céu é azul? O que se faz no banheiro? Hoje ouvindo os repórteres, muitos fazendo perguntas ao Comandante dos bombeiros no incêndio da Av Rio Branco SP, me deu náuseas. Será que muita gente pega um diploma, mesmo sem aprender nada e ainda consegue emprego? Não digo daquela moça, que no Luciano Huck não sabia o nome da capital do Paraná. Sou preciso ser saudosista da escola do tempo da ditadura. Os gênio

URUBU MALANDRO NA FAXINA.

Quando os animais falavam, houve uma festa no céu; todos bichos foram convidados. O Cágado não voa. Pensou um jeito de ir ao céu. Entrou na viola do amigo Urubu sem esse saber. Quando chegaram os bichos que voavam ou pegaram carona, lá no céu estava o Cagado. Foi uma farra boa, todos se divertiram à-vontade. Na volta o Cágado pediu ao Urubu que desse uma carona. O Urubu aceitou, mas quando estavam com meio do caminho para terra. O cágado reclama do cheiro ruim do urubu. Esse, sentindo-se ofendido por uma mal-agradecido; só deu de lado e o Cágado caiu, quebrando todo casco. Por isso que o Cágado tem sinais de emendas no casco. Em outro caso, o Urubu estava triste pois não morria ninguém, estava tudo verdinho no sertão. Aparece o Gavião e pergunta por que tanta tristeza. O Urubu responde: “ você ainda pergunta? Não vê que com tanta fartura bicho algum morre”. “Eu só como carniça’. O Gavião diz: “você é besta, me acompanha que vou pegar uma pomba”. Sai correndo atrás de uma pomba as