SOLDADO CARA FEIA, MAS COM MODERAÇÃO.


Em 1970 estava eu um menino de 14/15 anos trabalhando como 4 mil homens, na estrada São João do Piaui a Simplicio Mendes, Piauí. O exército era quem mandava. Um Tenente Nery, o chefão. Esse, vendo nós os meninos em extrema escuridão do saber, instalou uma escolinha feita de palha de Carnaúba. Contratou umas moças da cidade, para nos proporcionar um pouco de saber. Tinha comida e disciplina, mas os moleques de minha turma, segundo ano; hoje básico, davam trabalho. Elizabeth Barbosa e Conceição do Paulo Cavalcante eram nossas professoras.
Eu e meus companheiros de banco, éramos os mais quietinhos, por ser do interior. Certo dia precisou um sargentão, dar uma bronca, nos moleques bagunceiros. Mandou todos levantar sentar e ficar em silêncio cantar o hino do Piaui. Um sujeito ficou com cara de risada, mas o sargento o mandou se fechar de forma braba. Se fecha!!!
O cara quase dessesmou. Mas no mais era bom, comia-se tinha missa, festa junina, uma maravilha para os capiaus sertanejos. As professoras eram belas e sabiam ensinar. Que saudade...
Um colega mineiro contou-me, que no seu tempo de exército, viu uma cena engraçada. O Sargentão dando aula de como devia o soldado se comportar e que tinha de ter uma cara feia. Saber intimidar o adversário, com olhar, coisa normal nas policias.
O soldado João, ficou com uma carranca tão feia, que sargento o advertiu de que, não precisava exagerar soldado João. Todo mundo riu.
Outro aspirante me contou que colocou uma placa, aviso, para os recrutas, quando fossem falar com o Tenente Mário teriam de fazer dez flexões. Logo chegou um superior e perguntou por que àquele aviso. O tenente respondeu-lhe que era para os recrutas. O Capitão o mandou ele fazer dez flexões. No exército à disciplina é dureza nunca um debaixo pode acusar o superior, ou dizer que alguém roubou sua bota. Pega de outro se vira.

NHOZINHO XV.

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