MAGALHÃES COBRA ATÉ A MÃE NO PIAUÍ.
Salgado e Largos, Dom Inocêncio Piaui. Os irmãos Magalhães: Manoel, José e Cicero. E umas mulheres.
Eram filhos de João Magalhães Ribeiro de Poção, mas casou com uma filha de Mariana
e Teodorinho avô do Gabriel de que sempre falo. Não tinha nada eram pobres, mas
sabiam guardar o pouco que ganhavam. José, não sei se o mais velho ficou rico,
foi tropeiro comerciante; viajava de Largos riacho Itacoatiara lado, Dom Inocêncio
Piauí, a Petrolina Pernambuco. Levando mercadorias e trazendo outras para sua
loja, tipo mercadinho, onde vendia de tudo.
Quando
alguém pedia fiado, José respondia, que não tinha pena de ninguém. Pois quem tinha
pena do próximo, logo ia para o lugar dele. Cobrava até da mãe uma viúva que
antigamente, não tinha ajuda de ninguém, aposentadoria nem pensar. Pois bem, Mariana
comprou uma coberta fiado, contudo, não pegava em dinheiro para quitar a dívida.
Ela achava que o filho iria perdoá-la. Que nada, um dia Jose cobrou a conta. Mariana
saiu chorando, até a casa de Manoel, que morava do outro lado do riacho
Itacotiara.
Manoel pergunta
por que choras minha mãe?
—Mariana: José
cobrou uma coberta que devo e não tenho dinheiro meu filho, disse Mariana.
— Manoel:
minha mãe pega esse dinheiro e vai pagar aquela filha da puta, chama o irmão de
filha da puta, tanta era sua raiva.
Outra vez
quando a primeira mulher de José morreu. Edgard seu filho, criança ficava
pedindo bala, sem nem ligar para a mãe morta, coisa de inocente.
— José:
menino! Eu perdi a mulher, mas não o juízo, bala é para vender, responde seu
José Magalhaes ou Galdino como alguns o chamavam.
Outro dia
chega na loja de Zé uma comadre dos Costas de Contador. Faz uma compras, quando
procura o dinheiro não achava o bolso sumiu. Compadre José vai ajudar achar o
bolso que estava atrás. Ela vestiu o vestido ao contrário. Era meio ruim da
cuca dona Costa.
São coisas,
que ouvi quando lá em meu São Pedro Lagoa, Dom Inocêncio Piauí, menino que
tinha um ouvido parecido com a Embratel, hoje, torres de celular e outras.
NHOZINHO XV.
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