PEÃO TEVE PENA DE SEU BOI DE ESTIMAÇÃO.
Cenóbio, era
moleque de varanda no estado mineiro ganhava só a comida, de um fazendeiro que
o humilha, por ser pobre sem pai e negro.
Cenóbio
quando pegou a maioridade saiu pelo mundo, destino a São Paulo veio sentar
banca em Presidente Altino Osasco SP. Cenóbio nunca frequentou sala de aula. Mas
era um negrão bom de serviço. Aprendeu um “tiquinho” de leitura e fizer as
quatro operações de conta. Não escolhia serviço. Assim, foi para em um
matadouro, de nome Wilson que nem existe mais em Presidente Altino Osasco.
Cenóbio
sangrava os bois para os companheiros tirar o couro. Serviço para quem tem
coragem. Lá em Minas Gerais, Cenóbio cuidava de um boi manso, que lambia sal em
suas mãos. Mas como nada era dele, largou tudo e já em São Paulo Osasco,
arrumou emprego no matadouro e Frigorifico Wilson.
Certo dia Cenóbio
teve uma surpresa desagradável. Quando chegou uma boiada, para ele fazer serviço
sujo desumano. Viu o boi que ele tinha estimação. Este também, reconheceu Cenóbio
e veio lamber suas, mãos, que agora tinham era sangue. O negrão forte, de um
metro e oitenta de altura nessa hora aboiou, chorou, como falava seu Raimundo Rocha de Jatobazinho Dom Inocêncio
Piauí. Foi ao escritório pediu a conta chorando e jurou nunca mais trabalhar
matando boi inocente.
Triste história,
mas acometeu. Assim ouviu.
NHOZINHO XV.
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