SERESTEIRO QUE AMOU A IRMÃ POR ENGANO.
Palermo, um rapaz
elegante tipo galã, poeta e tocava violão nos cabarés do Rio de Janeiro, nos
anos 1940/50.
Nessas
serestas e noitadas, conheceu uma linda moça que viva na boemia, dormia com
qualquer um por dinheiro. Nunca amou ninguém. Palermo tentou tirar a moça
daquele lugar, mas foi em vão, ela sempre saia bebia e chegava em casa bêbada. Foram
anos nessa vida até que Palermo a deixou. Mas nas voltas que o mundo dá, Palermo
certa vez encontra sua bela caída na rua. Quando ele foi ver direito, reconheceu
que era Dalva. Palermo caiu chorando, pois amava muito àquela mulher, de um
jeito diferente, não só do ato sexual. A levou para um hospital internou. Por
uns tempos ela parecia recuperada, todavia, voltou à vida boêmia.
Palermo continuou
dando suporte a ela, e nada da moça mudar de vida. Quando ela deu sinais de loucura, Palermo a internou em um manicômio, onde ela morreu. Quando Palermo foi ver os
poucos documentos de Dalva, soube que ela era sua irmã que ele não conhecia, lá
do Estado de Alagoas. Ela foi uma filha de seu pai, um fazendeiro que fazia filhos
e os deixava largados.
Ainda bem
que Palermo não teve filho com Dalva. Coisa de Deus. Mas Palermo sentia uma
coisa inexplicável por Dalva, talvez fosse, porque o sangue que corria nas
veias dos dois eram iguais, Irmãos.
Que coisa!
NHOZINHO XV.
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