GREGÓRIO PRETO PIAUÍ.
Poção, Dom Inocêncio
Piauí, Zé Pequeno fazendeiro trouxe um vaqueiro ali de Gato perto de Chapada do
Oséias. Gregório Preto seu nome. Um negrão alto e bom nos paus, nas pegas de
boi em “Traidinho” chapada fechada perto de Poção e Nogueira.
Gregório,
dizem que bebeu ovo de cobra cascavel quando criança, para ficar imune a o
veneno de cobra. Aprendeu rezar em mordida de cobra bicheira e ajudava Maria Lina
minha avó a rezar a salve rainha oferecimento.
Gregório:
“Santa Degenetriste. Orais por
nobis. Santa virgo virgem nos. Martin é Criste. Martin é” ...
Cascavel
mordia Gregório esse é quem morria. Gregório gostava de brincar com minha mãe,
jurava que queria que um cascavel de quatro ventas o pegasse, se ele estivesse
errado mentindo. Quando nós filhos de Rufina, fazíamos juras assim, minha mãe
dizia vocês, não são o Gregório Preto Ele é curado.
Ele era
amigo de Plinio Ribeiro. Quando Plinio queria ir uma farra festa, sem o pai
deixar, Plinio deixava uma burra no jeito e quando o velho dormia Plinio saia,
mas tinha de voltar antes do dia amanhecer. Às vezes pela madrugada, Zé Pequeno
fazia um teste, chamando Plínio, Gregório quem imitava a voz de Plinio. Uma voz
grave grosa. Ai tudo bem, Plinio podia dançar e namorar à vontade.
Gregório casou
com uma moça de Poção viveu lá até ficar viúvo, depois casou com Roberta marota,
esta ficou velha ele a deixou e foi viver com uma mulher do Jatobazinho onde
gerou uma familia grande.
Quando Gregório
morreu foi enterrado em São Pedro minha região. Vejam só, um Tatú Peba comeu
parte do corpo de Gregório...
Gregório chamava
até menino branco de seu fulano: seu Adão, sua Maria etc. Era uma alma boa. Um
homem sem letramento, mas inteligente, pois sabia muitas rezas e orações
fortes. Todavia, era do bem, os vizinhos gostavam daquele homem de fala rápida meio
gago e brincalhão.
NHOZINHOXV.
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