MULHER VIRA POMBA NA BAHIA.


 Um fazendeiro da Bahia, no tempo do Brasil escravocrata   (1530 - 1888).
Tinha uma mulher linda e uma filha sua paixão. Era um homem bom tratava bem seus escravos, mas uma escrava “morria” de inveja da patroa. Sempre pensava em um dia ficar com o patrão, mas como. Ela tinha uma caixinha de alfinetes que encantavam gente, se aplicado na cabeça.

Um dia o patrão estava fora quando chegou cadê a mulher e a filha. A escrava pediu a ama para arrumar o cabelo, e enfiou o alfinete no couro cabeludo; na hora a mulher virou uma pombinha. A menina ela matou e enterrou em um canavial. Disse ao homem que a mulher tinha sumido com a filha para cidade Salvador.
O pobre homem ficou inconsolado, mas resolveu deixar ela ser feliz, se assim era seu desejo. Ficou com a negrona feia de doer, mas fazer o que. Ele gostava de deitar em uma rede ao meio dia.
Toda vez vinha uma pombinha e sentava do colo dele. Ele ficou sem entender, o que seria aquilo, uma pomba tão mansa. A escrava agora mulher resolveu mandar que ele matasse a pomba, pois estava grávida e se não comesse a pomba abortava a criança. Inicialmente, ele ficou triste matar uma pombinha inocente. 
Pegou a pombinha na mão e foi passando os dedos na cabeça da ave, quando viu um caroço puxou era um alfinete, na hora a mulher desencantou.  Contou tudo e que a filha estava enterrada no canavial.
O fazendeiro tinha uns cavalos ainda sem amansar, pegou quatro deles amarrou a negra nos cavalos e deu chicotadas os cavalos na hora rasgaram a criminosa em pedaços.
Assim fiquei sabendo, se foi verdade ou não, é coisa de contadores de estórias de inveja encantamento.

NHOZINHO XV.

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