AFOGAR NO SERTÃO É RARO.
No
lugar que nasci e sobrevivi até os 18 anos não tinha água, São Pedro Dom Inocêncio
Piauí. Havia enchentes quando chovia e cheia, água barrenta cheia de pedaços de
árvores e com muitas pedras redemoinho. Mas o cara tinha de aprender a nadar. Quando
eu tinha uns sete/oito anos quase me afoguei em um pequeno poço do Olho D água foi
Henrique da Alexandrina de Passagem-Boa Vista do Félix quem me salvou nunca esqueço.
Lugar assim pouca gente morria afogada, mas morriam alguns. Lino marido de Minervina
do Jatobazinho, Dom Inocêncio Piaui apesar de saber nadar e mergulhar morreu
afogado em Sobrado um poço muito fundo. Dois homens de Oitizeiro desceram em
cima de pedaços de paus de Extrema no riacho grande um dele morreu afogado e foi ficar
preso em uma gameleira onde morava Marino Mendes.
Há
poucos anos morrem umas jovens de Vazante Dom Inocêncio. Fora esses eram coisas
raras afogamento no meu sertão. Sempre me chama atenção morte por afogamento.
Estou pensando no caso dessa moça jovem, bonita, rica e inteligente, que morreu
afogada em Ilha Bela SP.
Sou
chato em muitas coisas uma delas é não gostar de praia, mar etc. Fui às praias
de Santos por pura moda. Ai estou com o poeta Carlos Drummond Andrade que
preferia uma lagoa a mar.
Lamentável
a morte dessa modelo.
ADÃO
NHOZINHO.
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