ADVÉRBIOS E ADJETIVOS CUIDADO!


Gosto e não adoro  Crônicas, contos e poesia.
Ler Rubem Braga é uma delícia. Ri lendo  com —MINHA GLÓRIA LITRÁRIA— de Rubem Braga. O capixaba de Itapemirim conta que no seu tempo de colégio sentiu dois  prazeres e uma decepção-lição. O professor pediu que todos alunos escrevessem uma redação falando sobre  á lagrima. Rubem tirou nota dez ainda viu sua redação ser publicada no jornal do colégio elogios etc.
Na segunda redação era para falar sobre a bandeira nacional. Braga novamente foi ótimo. Mas na terceira, ele já empolgado, foi discorrer sobre férias na fazenda coisa que ele dominava e escrevia bem, contudo, um advérbio estragou tudo. Braga narrou que um —burro zurrava escandalosamente—! O mestre rígido deu-lhe nota 5. Braga aprendeu a lição que não devia exagerar.  Adjetivos e advérbios às vezes estragam tudo. Eles têm lá seu valor, mas se for no texto apropriado.
Com essa crônica lembrei-me de um baiano que tinha um vocabulário e reportório precário; mas ficava ouvindo o que outros falavam e repetia mesmo sem saber o significado da palavra. Certa vez chamou uma pobre cobradora de ônibus de cínica pensando que estava elogiando. Só não levou uma bronca porque a conterrânea também não sabia que ser cínica era sem vergonha.Tive uma pessoa amiga  que falava carneiro  querendo dizer carnê; Praça da Serra era para ser da Sé, sindico de prédio ele falava cínico. Ah! ele falava século querendo dizer sexo. Não saber pronunciar uma palavra em outro idioma até vai, mas não saber o significado da palavra usá-la é pedra é peba é porrete.

ADÃO NHOZINHO

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