PIAUÍ,COMERCIANTE ANTIGO, PERDIA LUCRANDO.
Um lugarejo interior do Piaui, no tempo que não havia carros,
mas já existiam comerciantes. O comércio capitalismo é velho, tanto quanto à humanidade, desde de Jesus lembram?
Três irmãos, um tinha um comércio pequeno vendia o básico para
o sertanejo. Outros dois compravam bodes pelo sertão. Eles tinham um problema eram
analfabetos completos. Fazia um “O” com
a boca de uma garrafa como dizem. O da vendinha marcava preços assim: (29,00
cruzeiros) ele riscava (209,00!).
Não sei como não tomava prejuízo. Um dia ladrões entraram
pela noite e roubaram algumas coisas. Quando perguntaram ao homem se o prejuízo
tinha sido grande ele responde: “que foi pouco porque no dia seguinte iria aumentar
o preço das mercadorias”. Dá para entender. Também dizia: “que podia não receber,
por isso que vendia caro’.
Os que compravam bode era outro absurdo compravam por (10
cruzeiros) e vendiam por (8 cruzeiros) e diziam que ainda saia no lucro. Eles quando
vendiam bodes na quantia de (70, cruzeiros), falavam: (50 e 20 cruzeiros).
Vendo isso lembrei--me de um político que por não saber fazer
um cheque de sessenta mil cruzeiros, fazia dois cheques de 30 mil cruzeiros,
isso no Piaui. Hoje lá no sertão, todo mundo está sabido, como até os brandidões;
cidade grande, sabem fazer contas usar logística etc.
Outra vez dois ladrões foram roubar um banco na capital, pela
noite pegaram dois malotes e fugiram. Cada um ficou com um dos malotes. Passou
um tempo sem eles se ver.um fico úrico o outra na miséria. O que fico úrico pergunta
o que fez com tanto dinheiro. O coitado respondeu que no seu malote só tinham duplicatas
e tece de pagá-las. Segundo ele fez isso para não sujar o nome. Ainda falam que
só os portugueses são burros.
NHOZINHO XV.
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